domingo, 10 de abril de 2011

An education (2009) – Crítica do filme sob um olhar pedagógico.

An education  questiona os limites entre a teoria e a  prática.



Também acredito que o filme é moralista e convencional, como apontam alguns críticos, mas através de um olhar mais aguçado, consegue-se extrair mais do que uma simples história do amor impossível. Pode-se presenciar uma visão pedagógica sobre o  valor que a educação tem aos olhares juvenis. O que é importante numa fase da vida onde a descoberta é o foco principal? Afinal, conhecer o mundo através da vivência não é melhor do que as secas páginas de um livro empoeirado?
Jenny, jovem inteligente e melhor aluna da sala,  vive uma vida fechada, nos subúrbios de Londres em meados da década de  60, sob pressão dos pais, se esforça  para ser aceita na universidade de Oxford. Até ter a  grande oportunidade de conhecer o mundo através dos seus próprios olhos,  isso se dá após conhecer um playboy mais velho, que apresenta o  mundo a ingênua garota: viagens, teatros,consertos, livros e luxo. Toda essa cultura faz  com que a menina vivencie tudo aquilo que suas colegas conhecem só através de livros e revistas. Sem se dar conta, a educação que a escola oferece, vai se apagando aos poucos a cada visualização do colorido mundo que David, seu então namorado lhe apresenta.  
O principal que pode-se extrair dessa obra é o contraste entre a escola e o mundo contemporâneo que  apresenta-se  através de um olhar juvenil ávido por conhecimento. A professora e a diretora da escola são pessoas frias e “sem graça”, apresentadas como seres que ficaram fechadas àquele mundo ,  as alunas, fazendo com que as colegas de Jenny, apresentem mais interesse a vida da garota do que as aulas ministradas.
A escola, mais do que nunca, precisa estar atenta para essas questões,  precisa trazer o mundo pra dentro dela, tornar-se mais atraente na busca do conhecimento. Não vivemos mais separados por muros e portões, esta barreira está muito delicada atualmente . Este é o novo olhar da educação que o filme demonstra muito bem. Mostra um final interessante, tratando do  rumo  tomado por Jenny após conhecer as dores e alegrias da vida, “atalho” como refere-se a protagonista do filme, mas infelizmente, não mencionarei aqui pra não estragar suas conclusões e diversão.

“A gente vem para escola para aprender a ler o mundo. Começa lendo um texto, mas ler,  compreender, mas é ler e compreender o mundo.”
Professor Nilson José Machado  


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