Cris era considerado um aluno altamente enérgico, tirava ótimas notas, liderava uma equipe de corrida de cross- country e possuía toda força, vigor e sonhos que todo jovem carrega dentro de si. Tinha um mal relacionamento com seus pais que não o compreendiam, aliás, não possuíam intelecto suficiente para entender a mente brilhante que o filho possuía. Leitor voraz e de firma opinião, o jovem não possuía os mesmos ideais que seus pais. Não queria seguir o rumo capitalista que o mundo oferece à todos, muito menos cursar a faculdade de direito, que era mais sonho do seu pai do que dele próprio.
Não conseguia calar a voz interior que o dominava por completo, buscava a essência da liberdade, um mundo que respeitasse cada indivíduo, sem domínios, sem regras,onde apenas o instinto pudesse lhe mostrar o sentido da vida. Possuía o desejo de conhecer o Alaska, e ao contrario de muitos jovens que abandonam seus sonhos ao atingir a vida adulta, o fez.
Percorreu seus próprios caminhos, partindo da Califórnia (EUA), onde residia, até chegar ao Alaska, pousando na casa de estranhos que lhe davam abrigo e amor. Trabalhou em vários lugares, de lanchonete a elevador de grãos, sobrevivia conforme a natureza lhe dava oportunidade. Sua jornada ao Alaska levou 112 dias. Morou em um ônibus abandonado no fim dos seus dias, passou fome e morreu após comer uma semente tóxica. Foi vencido pela própria força que o moveu. A força da natureza.
Cris foi um jovem que deixou seus instintos o guiarem e arriscou a vida na busca dos seus desejos.
Um jovem que desafiou o mundo sozinho e mesmo sendo vencido se deu por feliz nas linhas finais do seu diário.
Apenas um eco rebelde, isolado, da força da natureza.
Pois a única dor que sentiu durante a sua morte foi a dor física.
Escrito por Maykon de Souza.
Música - Rise Eddie Vedder
Nenhum comentário:
Postar um comentário