domingo, 17 de abril de 2011

A democratização da escola




A educação brasileira, nas últimas décadas, passa por processo de  transformações , apresentando como desafio central  a promoção de ações capazes de fazer a escola pública um local para todas as classes, isto é, a escola, que anteriormente era destinadas à poucos, agora passa a ser de todos.
O espaço homogêneo construído pelo sistema de ensino no decorrer da história da educação, é abalado e uma nova postura no processo de ensino e aprendizagem precisa ser definido. Os padrões baseados em paradigmas , onde os alunos são pré-definidos  de acordos com certos comportamentos, na tentativa de padronizar os alunos, só coopera para aumentar a desigualdade e as injustiças d as origens sociais dos alunos.   
A heterogeneidade em uma sala de aula pode se transformar em uma ferramenta que proporcionará aos docentes, momentos riquíssimos de aprendizagem através das diferentes culturas, provindas de camadas sociais diversas, proporcionando troca de informações, compartilhamento de ideias e realidades pouco aproveitadas em uma sala de aula. Como exemplo disso podemos citar a temas transversais que podem ser muito bem explorados como a  poluição de um rio, problemas de infra-estrutura à partir da realidade de cada bairro, diversidade da fauna e flora, diferentes religiões etc.
Concomitante a isso  a escola deve propiciar uma maior interação com a comunidade, buscando uma efetiva participação dos familiares na busca de soluções para os problemas que afligem a sociedade e consequentemente a  escola. Uma abertura no sistema na busca de interação para que ambos se interem da realidade que as cercam.  Fazendo da escola um espaço de participação social, valorizando a democracia, o respeito, a pluralidade de cultura e a formação do cidadão, dando mais vida e significado para os estudantes, como consta na   LDB – 9394/96 sancionada pelo presidente Fernando Henrique Cardoso juntamente com o ministro da educação, Paulo Renato, em 1996.
O foco agora é a aprendizagem, o aluno, antes visto como um depósito de conhecimento,  passa a ser reconhecido como um ser provido de vivências e saberes que serão direcionados e compartilhados com seus colegas de acordo com suas vivências sócio-culturais, tendo como mediador dessas informações a figura atual do professor,  que assume a  figura do profissional voltado para a prática da pesquisa,  exercendo a atividade de busca e reunião das informações sobre um determinado problema, para então analisá-los com a intenção de aumentar o conhecimento de determinado assunto, aliando prática e teoria, na busca da construção de um ambiente de descobertas e interação nas salas de aula.
As escolas ainda estão adaptando-se a essas transformações,  pois o sistema educacional atual atinge aproximadamente 99% das matrículas,  alunos de todas as classes sociais e  culturas diversificadas, agora convivem num mesmo espaço. Os principais envolvidos neste processo,  professores e alunos, estão passando por uma fase de aprendizado, aprender a aprender, aprender a avaliar e aprender a conviver com todas essas diferenças. Caminho que apesar de traçado e reestruturado ainda se apresenta em sua forma inicial rumo a democratização da escola e conseqüentemente do ensino. 
Texto escrito por Maykon de Souza

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